Monitoramento de CO2, temperatura e umidade sustentam a qualidade do ar interno

A manutenção da qualidade do ar interno (QAI) envolve o monitoramento e controle de poluentes, temperatura e umidade por meio de sistemas de ventilação e ar condicionado. As fontes de poluentes internos podem ser biológicas, como a respiração humana, que libera partículas patogênicas (vírus e bactérias), e o mofo, que prolifera em ambientes úmidos, liberando esporos. Atividades humanas, como cozinhar e queimar madeira, também geram poluentes, assim como materiais de construção que emitem compostos orgânicos voláteis (COVs). Já os poluentes externos advêm de tráfego de veículos, indústrias, sistemas de aquecimento, agricultura e emissões naturais, como poeira e pólen.
Uma diferença crítica entre os poluentes internos e externos é que partículas liberadas pela respiração humana se diluem rapidamente ao ar livre, mas, em espaços fechados, podem acumular-se e favorecer a transmissão de doenças, como a COVID-19.
Os ambientes internos possuem características distintas em suas utilizações. Salas de aula, por exemplo, têm alta densidade de ocupantes por períodos curtos, enquanto escritórios apresentam menor densidade, mas maior tempo de permanência diária. Já instituições de saúde variam conforme o setor, dependendo do perfil dos pacientes e tratamentos. Porém, em todos os ambientes, boa parte dos poluentes resulta da respiração dos ocupantes, que emitem dióxido de carbono (CO₂). Em níveis baixos, o CO₂ não é prejudicial e serve como parâmetro de referência acessível para avaliar as condições de ventilação dos sistemas.
Sistemas de ventilação e ar condicionado desempenham papel fundamental ao trazer ar externo com baixa concentração de CO₂ (450 ppm) para o interior dos espaços, condicionando-o para atender às condições ideais de temperatura e umidade relativa (UR). Sensores de CO₂, temperatura e umidade coletam dados em tempo real para o controlador eletrônico, que ajusta a entrada e saída de ar, além de sincronizar os vários componentes do sistema (amortecedores, trocadores de calor e umidificadores), otimizando a economia de energia.
Manter a umidade relativa no intervalo ideal de 40–60% é essencial para a saúde humana. Durante períodos frios, a UR frequentemente cai abaixo dos 25%, especialmente em sistemas de ventilação sem umidificadores, causando ressecamento das membranas mucosas, o que enfraquece as defesas do organismo e aumenta a vulnerabilidade a vírus e bactérias. Além disso, o ar seco pode provocar desconforto, como pele seca e irritação nos olhos.
A unidade de tratamento de ar (UTA), componente central do sistema de ventilação e ar condicionado, pode, quando corretamente dimensionada, manter simultaneamente os níveis ideais de temperatura, umidade e CO₂. Isso garante uma boa QAI, proporcionando um ambiente saudável e confortável para os ocupantes do edifício.
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